O poema de Álvaro de Campos Tabacaria narra uma poesia descritiva e de conteúdo interessante, pois em seu início já se mostra chamativa e forte ao usar as palavras: “Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso tenho em mim todos os sonhos do mundo.” Apesar de complexa dá uma ênfase que se faz pensar logo no princípio da leitura. O tema do poema é a solidão versus a imensidão que o mundo exterior nós oferece. A Tabacaria analisa a vida de Álvaro de Campos em meio à sua existência como coisa fixa e real tendo representação essa oposição entre o dentro e o fora já que há uma busca de compreensão. No poema se percebe como Campos ao analisar de sua janela a rotina do dia-a-dia que ocorre dentro da tabacaria a mesma a qual ele visita. Uma noção clara que intercala o racional do delírio - “Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas”- Dentro do próprio texto há um encontro de fala de personagens mesmo que não haja dialogo. Fica implícito ao utilizar os parênteses quando ele se refere a si mesmo. “O mundo é para quem nasce para conquistá-lo. E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.” Esta abordagem pode ser a mais verdadeira entre outras ao mesmo tempo mostra a fragilidade e critica que Campos tinha sobre a si mesmo e sobre sua visão de mundo, podendo ser encarada como uma frase de auto-ajuda. O poema e rico em sua estrutura e interessante ao mostra a analise que Campos cria sobre o universo da tabacaria e dele mesmo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário